"Anos 50, Pastelaria Colombo: Salustiano Lopes (grande Belenenses), Amália Rodrigues a ver uma sua fotografia antiga, mostrada por Humberto de Azevedo, sob o olhar de Ana Linheiro" Humberto de Azevedo
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Salustiano Lopes, Amália Rodrigues, Humberto Azevedo e Ana Linheiro
Amália Rodrigues na grande festa de 2ª-feira no Império para o Estádio de "Os Belenenses"
➤ Amália Rodrigues, Violette Quenolle, Manuel Lereno, Armando Guerreiro e a orquestra da Emissora Nacional dirigida por Tavares Belo na grande festa de 2ª-feira (7 de Junho) para o Estádio de "Os Belenenses".
1ª página da edição do dia 2 de Junho de 1954 do jornal semanário do clube.
📘 post publicado originalmente em 2/12/2009
Tudo isto existe. Tudo isto é triste. Tudo isto é fado.
➤ Os versos de "Tudo Isto É Fado", de autoria da adepta e antiga associada belenense, Amália Rodrigues, serão porventura a metáfora perfeita para a imensa perplexidade perante o actual momento da Vida de um Clube quase Centenário: O Clube de Futebol «Os Belenenses». Tudo isto é triste.
Baptista Bastos entrevista Matateu: "O Matateu não diz mal de ninguém"
BB - (...) 1960, 61. Eu tinha ido para o "Almanaque" expulso d’ "O Século", por motivos políticos. E queríamos fazer um número sobre os "monumentos" nacionais. O Matateu, a Amália Rodrigues - com uma capa espantosa do João Abel Manta.
Uma publicação que tivesse mais de 120 páginas não ia à censura prévia, era um truque que arranjávamos, ter mais de 120 páginas. Decidiu-se que eu ia entrevistar o Matateu, e pergunto as coisas ao contrário.
P. - É uma entrevista muito cruel...Se ele sabe quem foi o Aquilino, o Beethoven....
BB - Para dar a imagem devolvida [da nação], digamos. Extremamente cruel. Qual é o país que gosta mais? É a Itália. Então porquê? Por causa das mulheres, gostam muito dos pretos...
P. - Marquei aqui [no livro "As Palavras dos Outros" que pode ler clicando aqui]: "Por causa das mulheres. Lindas. Comi algumas. Muito boas. Gosto bastante da Itália. Que rico país para um preto viver!" Ele disse mesmo: "Que rico país para um preto viver!"?
BB - Rigorosamente. O Matateu era absolutamente invulgar, e não sei se eu devia ter publicado essas coisas. Ele subia a Calçada da Ajuda e os miúdos atrás dele. Todo o gato e cão era Matateu. Ele sentava-se naqueles bancos corridos das tabernas a conversar com as pessoas. Era extremamente popular. Mais tarde tentei ressarcir-me escrevendo uma crónica onde dizia que fui muito cruel. Porque ele diz lá na entrevista: "O Matateu não diz mal de ninguém." (...)
Entrevista de Baptista Bastos ao suplemento do Público, Ípsilon. 2007.
Caricaturas de Baltazar e Miguel Salazar
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